A Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) recebeu, nesta terça-feira (7), a notificação de mais três casos suspeitos de intoxicação por metanol. No total, são quatro sendo apurados no estado, já que o de Niterói foi descartado.

O primeiro caso, já em investigação, é de um paciente de São Pedro da Aldeia. Agora, os novos três casos são de pessoas de Cantagalo, Volta Redonda e Cabo Frio.
Os pacientes são monitorados pelo Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS/SES-RJ). Assim, autoridades de Segurança Pública já receberam notificação para iniciar as investigações.
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A recomendação é que as pessoas que apresentarem visão turva, desconforto gástrico e quadros de gastrite após ingestão de álcool busquem atendimento em uma unidade de saúde. A intoxicação por metanol pode causar cegueira irreversível e morte.

Na última segunda-feira, a Secretaria Estadual de Saúde iniciou a compra de kits para tratamento de pessoas que sofreram intoxicação por metanol. A primeira remessa de etanol farmacêutico chegou ao estado enviada pelo Ministério da Saúde, por conta dos casos suspeitos. Dessa forma, a compra do antídoto vai acelerar o tratamento de pacientes intoxicados.
Brasil tem mais de 225 casos por intoxicação por metanol
De acordo com o último boletim médico do Ministério da Saúde, o Brasil já contabiliza mais de 225 notificações por intoxicação por metanol após ingestão de bebidas alcoólicas adulteradas.
O metanol é um produto químico-industrial restrito a aplicações industriais e laboratoriais, como solvente, combustível, matéria-prima para plásticos, tintas e outros produtos. Por ser altamente tóxico – mesmo em pequenas quantidades – não se destina ao consumo humano.

Quando ingerido, pode causar danos graves ao organismo, atacando fígado, cérebro, medula e nervo óptico, o que pode levar à cegueira irreversível, coma e até óbito. Aliás, há risco ainda de insuficiência renal e pulmonar.
A Secretaria de Saúde informou ainda que todas as medidas de vigilância estão sendo adotadas no estado. Assim, recomenda-se que as pessoas evitem ingerir bebidas alcoólicas de procedência duvidosa.