No mundo contemporâneo, a presença de dispositivos digitais é inegável. Seja para trabalho, educação ou lazer, o tempo que passamos em frente às telas aumentou significativamente. Essa mudança levanta preocupações sobre os possíveis impactos na saúde e no bem-estar, especialmente entre crianças e adolescentes. Neste artigo, desvendaremos os mitos e apresentaremos as verdades sobre o excesso de tela, com base em informações de instituições renomadas e especialistas na área.
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Excesso de tela: mitos e verdades
Mito 1: todo tempo de tela é prejudicial
Nem todo tempo de tela é igual. A qualidade do conteúdo e o contexto em que é consumido desempenham papéis cruciais. Por exemplo, o uso de telas para atividades educacionais ou para manter conexões sociais pode ser benéfico. No entanto, o uso excessivo para entretenimento passivo, como assistir a vídeos sem conteúdo educativo, pode ser prejudicial. A American Academy of Pediatrics (AAP) destaca que os pais devem ajudar seus filhos a desenvolver hábitos saudáveis de uso de mídia desde cedo.
Mito 2: o tempo de tela não afeta a saúde física
O uso excessivo de dispositivos digitais está associado a vários problemas de saúde física. A Sociedade Brasileira de Pediatria alerta que, além de problemas como alterações no sono e aumento do risco de obesidade, o uso excessivo de telas pode impactar diretamente a saúde ocular de crianças e adolescentes.
Mito 3: o tempo de tela não interfere no sono
O uso de dispositivos eletrônicos antes de dormir pode interferir na qualidade do sono. A exposição à luz azul emitida por essas telas pode suprimir a produção de melatonina, hormônio responsável pelo sono, levando a dificuldades para adormecer e a uma menor qualidade do sono. A AAP recomenda que crianças e adolescentes evitem o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
Mito 4: o tempo de tela não afeta a saúde mental
Estudos indicam uma ligação entre o uso excessivo de dispositivos digitais e o aumento de casos de ansiedade e depressão entre jovens. O Ministério da Saúde do Brasil destaca que o uso inadequado de dispositivos digitais por crianças e adolescentes está associado ao aumento de índices de ansiedade, depressão e outros transtornos de saúde mental.
Mito 5: o tempo de tela não influencia no comportamento sedentário
O tempo excessivo em frente às telas contribui para um estilo de vida sedentário, aumentando o risco de obesidade e doenças relacionadas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que crianças e adolescentes realizem pelo menos 60 minutos diários de atividade física de intensidade moderada a vigorosa, além de limitar o tempo em comportamento sedentário.

Verdades sobre o excesso de telas
1. Importância do equilíbrio
É essencial encontrar um equilíbrio saudável entre o tempo de tela e outras atividades, como exercícios físicos, interações sociais presenciais e sono adequado. A OMS enfatiza que qualquer quantidade de atividade física é melhor do que nenhuma, e quanto mais, melhor.
2. Papel dos pais e cuidadores
Pais e cuidadores desempenham um papel fundamental na mediação do uso de telas pelas crianças. O UNICEF recomenda que os responsáveis estabeleçam limites claros, incentivem atividades offline e sejam modelos de comportamento digital saudável.
3. Educação digital
Ensinar crianças e adolescentes sobre o uso responsável da tecnologia é crucial. Isso inclui discutir os riscos associados ao compartilhamento excessivo de informações, a importância da privacidade e como identificar notícias falsas. O UNICEF destaca a necessidade de promover a literacia midiática e digital para combater os efeitos negativos das fake news.
4. Benefícios potenciais das tecnologias digitais
Quando usadas de forma adequada, as tecnologias digitais podem oferecer benefícios significativos, como acesso a informações educativas, desenvolvimento de habilidades digitais e manutenção de conexões sociais, especialmente em tempos de distanciamento físico. A chave está no uso consciente e equilibrado dessas ferramentas.
Recomendações para um uso saudável sem excesso de telas
- Estabeleça limites de tempo: Defina períodos específicos para o uso de dispositivos eletrônicos e assegure que haja tempo suficiente para atividades físicas, sono e interações sociais presenciais.
- Priorize conteúdo de qualidade: Incentive o consumo de conteúdo educativo e que promova o desenvolvimento cognitivo e emocional.
- Modele comportamentos saudáveis: Seja um exemplo no uso equilibrado da tecnologia, demonstrando hábitos digitais saudáveis.
- Promova atividades offline: Estimule hobbies e atividades que não envolvam o uso de telas, como leitura, esportes e brincadeiras ao ar livre.
- Eduque sobre segurança digital: Ensine sobre os riscos online, como cyberbullying e exposição a conteúdo inadequado, e como se proteger.

O uso de dispositivos digitais é uma realidade inegável na sociedade atual. Embora ofereçam inúmeros benefícios, é essencial estar atento aos potenciais riscos associados ao uso excessivo. Ao desmistificar os mitos e compreender as verdades sobre o tempo de tela, podemos promover um uso mais consciente e saudável da tecnologia, garantindo o bem-estar físico e mental de crianças, adolescentes e adultos.
Para aprofundar-se no tema e obter orientações adicionais sobre o excesso de telas de celular, televisão e computadores, consulte as diretrizes da Organização Mundial da Saúde sobre atividade física, comportamento sedentário e sono para crianças e adolescentes.