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Viagens e Turismo

Ramificações do silêncio: a história oculta do Museu de Arqueologia de Itaipu

Localizado na Região Oceânica de Niterói (RJ), o Museu de Arqueologia de Itaipu (MAI) tem uma história incrível que poucos conhecem
Mário BoechatBy Mário Boechat2 de julho de 2025
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Localizado na Região Oceânica de Niterói (RJ), o Museu de Arqueologia de Itaipu (MAI) resguarda mais de 6 mil anos de história arqueológica costeira, tornando-se um polo de memória, identidade e pesquisa. No entanto, o que muitos não sabem é que o espaço, instalado nas ruínas do Recolhimento de Santa Teresa, tem uma história peculiar que remete ao século XVIII.

Museu de Arqueologia de Itaipu tem uma rica história por trás de sua criação
Museu de Arqueologia de Itaipu tem uma rica história por trás de sua criação – Foto: Reprodução / MAI

Afinal, o antigo Recolhimento de Santa Teresa, instituição fundada em 1764 pelos padres Manuel Francisco da Costa e Manuel da Rocha, tinha por objetivo abrigar mulheres oriundas de diferentes contextos. Entre eles as que pretendiam seguir a vida religiosa, órfãs, mulheres de “vida fácil”, as que haviam engravidado ou mantido romances antes do matrimônio, viúvas e aquelas que ali eram instaladas por seus pais ou maridos quando estes saíam em viagem.

O tempo de permanência na instituição era determinado pelo patriarca da família e a internação no estabelecimento requeria o pagamento de um dote pela família e a aprovação da Corte.

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De acordo com a arqueóloga Lucia Zanatta Brito (UFRJ/MAI), esse tipo de instituição era mantido por famílias abastadas. Ela destaca ainda que eram espaços leigos, não conventuais – voltados à disciplina social sob preceitos católicos, sem votos perpétuos. Essas casas de recolhimento eram, portanto, instrumentos de controle social que seguiam rígidas normas patriarcais. Embora algumas mulheres fugissem – e por vezes retornassem -, a permanência era determinada pelos familiares, que recorriam ao recolhimento como punição, ‘proteção’ ou isolamento.

A arqueóloga enfatiza que o MAI representou uma oportunidade de estudar um espaço de isolamento social feminino e desafiar narrativas patriarcais.

“É importante a gente olhar para esses lugares do passado, buscando entender esse patriarcado exposto e marcado nessa instituição. Deixou raízes no medo, coerção e silenciamento feminino.”

Museu de Arqueologia de Itaipu tem um acervo com mais de 1 mil peças
Museu de Arqueologia de Itaipu tem um acervo com mais de 1 mil peças – Foto: Reprodução / MAI

Na primeira metade do século XIX, o Recolhimento desponta em documentos como local de “pobreza franciscana”, sinalizando colapso de recursos. Em 1833, encerrou suas atividades, passando a servir como asilo para menores, até desaparecer dos registros históricos. O edifício, então, foi ocupado por pescadores locais, usado como moradia e para tingimento de redes. Houve, ainda, no entorno da muralha, aglomeração de residências de pescadores. Somado ao abandono, a estrutura entrou em ruínas, necessitando intervenção pública décadas mais tarde.

Em 8 de janeiro de 1955, o antigo Recolhimento foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Esse registro deu início a um longo processo de proteção, que começou com pedidos de retirada dos pescadores da área e disputas de posse com a Companhia Territorial Itaipu.

Na década de 1960, o arquiteto Edgard Jacintho liderou a consolidação das ruínas, incluindo vedação de aberturas e desalojamento de ocupantes ocupacionais. Em 1968, iniciou-se a restauração da capela e das muralhas, continuada até 1974. Vale destacar que, até 1995, ocorreram obras de restauração.

Rico acervo do Museu de Arqueologia de Itaipu

O acervo institucional do Museu de Arqueologia de Itaipu é composto pela Coleção Hildo de Mello Ribeiro, seis blocos testemunhos do Sambaqui de Camboinhas, uma canoa do século XIX e artefatos arqueológicos achados nas imediações do museu e para ele encaminhados por pessoas da região ou usuários da praia.

A Coleção Hildo constitui o núcleo inicial do acervo institucional. Esta coleção formou-se durante as décadas de 1960 e 1970 através de coleta no sítio arqueológico da Duna Grande, realizada pelo arqueólogo-amador Hildo de Mello Ribeiro, também agente federal de fiscalização da pesca e morador de Itaipu.

A coleção possui cerca de 1040 objetos testemunhos de povos que habitaram a região antes do ano de 1500, dentre os quais: machados de pedra, pontas de ossos, ossada humana, lascas de quartzo, polidores, peças cerâmicas, conchas etc. O acervo, contudo, não é reconhecido como científico devido à forma como foi composto, já que a falta de método impossibilitou sua datação.

Entretanto, ainda que suas peças não possuam uma datação acurada, elas não deixam de ser representantes de uma cultura coletora, caçadora e pescadora que, um dia, habitou a faixa litorânea da Região Oceânica de Niterói, fazendo-se, assim, passível de ser exposta e trabalhada com fins didáticos.

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