A apreensão de um interceptador de drones por policiais do 41º Batalhão da Polícia Militar em bairro do subúrbio do Rio é um alerta ao nível de aperfeiçoamento do crime. Especialmente no Rio de Janeiro, onde o fatiamento geográfico de uma cidade por facções jamais foi tão explícito.

O caso ocorreu nesta quarta-feira (17/07), durante operação da PM em Acari. Não apenas é uma apreensão inédita, como também remonta a uma situação emblemática: os conflitos no Oriente Médio e entre Rússia e Ucrânia.
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Os drones passaram a ser utilizados como aliados das investidas policiais, mapeando de cima as ações em terra de policiais pelos labirintos das favelas, por exemplo. Ajudam ainda a localizar agrupamentos de bandidos, orientando as estratégias nas abordagens.

Uso do interceptador de drones
Por sua vez, o sistema interceptador de drones surge como uma resposta mais evoluída por parte das facções, em razão do poder de anular essa “vantagem” dos policiais. O mecanismo antidrones tem por objetivo o uso militar, mas no Rio já está no poder de criminosos.
Embora pareça um equipamento de defesa, o sistema interceptador de drones pode causar danos de consequências graves. Isto porque ele atua interferindo em sinais de transmissão de GPS, confundido a comunicação entre o drone e o condutor. Entretanto, o mecanismo atua em grande escala.
Significa que pode inclusive causar acidentes aéreos, bloquear comunicações e o que se pode imaginar quando o assunto é transmissão.
Até então, o uso do sistema interceptador de drones era exclusivo das Forças Armadas, Presidência da República ou demais órgãos ligados à Segurança Pública. Entretanto, ao que se vê, esse cenário mudou.