Acompanhe ao vivo a sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) que vai definir se o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, vira ou não réu no caso de suposta tentativa de golpe de Estado. A previsão é que a definição saia apenas nesta quarta-feira (26/03/2025). O julgamento de Bolsonaro e outros 7 envolvidos é inédito na História do Brasil, atraindo grande atenção da mídia.
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De acordo com informações colhidas pela imprensa de modo geral, verbalizadas em alguns casos por ministros do STF, a tendência é de que o julgamento de Bolsonaro confirme sua condição de réu. Como a sessão envolve a primeira turma do tribunal, a decisão inclusive deve sair por unanimidade.
Entenda o caso do julgamento de Bolsonaro no STF
O Brasil acompanha atentamente o desenrolar do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de liderar uma tentativa de golpe de Estado após sua derrota nas eleições de 2022. Este processo, que se desenrola no Supremo Tribunal Federal (STF), representa um momento crucial para a democracia brasileira, testando a solidez das instituições e o compromisso com o Estado de Direito.
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Contexto histórico e acusações
Após as eleições de 2022, nas quais Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito presidente, surgiram alegações de que Bolsonaro e aliados teriam conspirado para impedir a posse do presidente eleito. Em fevereiro de 2025, a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Bolsonaro e 33 outras pessoas por envolvimento em uma trama golpista. As acusações incluem tentativa de golpe de Estado, organização criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Detalhes do julgamento
O julgamento iniciou-se em 25 de março de 2025, na Primeira Turma do STF, composta pelos ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Alexandre de Moraes e Flávio Dino. As sessões estão programadas para ocorrer em três momentos: duas no dia 25, às 9h30 e às 14h, e a terceira no dia 26, às 9h30. O tribunal reforçou o policiamento e restringiu os acessos às dependências durante as sessões, realizando varreduras antibombas previamente.
Acusações e evidências apresentadas
A denúncia da PGR, apresentada pelo procurador-geral Paulo Gonet, alega que Bolsonaro liderou uma organização criminosa com o objetivo de permanecer no poder sem respaldo popular. Entre as evidências, destacam-se um plano para assassinar o presidente Lula e o ministro do STF Alexandre de Moraes, além de tentativas de desacreditar o sistema eleitoral brasileiro.

Reações de Bolsonaro e defesa
Durante o julgamento, Bolsonaro compareceu ao STF, sentando-se na área central do plenário da Primeira Turma, de frente para o procurador-geral e os ministros. Ele manteve o olhar fixo no ministro Alexandre de Moraes durante a leitura do relatório. Antes do julgamento, Bolsonaro enviou mensagens a aliados criticando o processo, referindo-se a ele como “jabuticaba judicial” e alegando perseguição política.
Implicações políticas e jurídicas
Se a denúncia for aceita, Bolsonaro e os demais acusados se tornarão réus, podendo enfrentar penas significativas de prisão. Observadores destacam que este julgamento é um teste para a democracia brasileira, demonstrando a capacidade das instituições de responsabilizar líderes por ações antidemocráticas. Comparações têm sido feitas com outros países, ressaltando a importância de processos judiciais transparentes e imparciais para a manutenção do Estado de Direito.
Opiniões de especialistas
Especialistas jurídicos apontam que os atos descritos na denúncia não são meras preparações para um golpe, mas sim ações em execução. A gravidade das acusações reforça a necessidade de um julgamento rigoroso e baseado em evidências concretas.
Evento sem precedentes
O julgamento de Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado é um evento sem precedentes na história recente do Brasil. A sociedade brasileira observa atentamente o desenrolar deste processo, que poderá definir os rumos da democracia no país e estabelecer um precedente sobre a responsabilização de líderes por atos contra o Estado Democrático de Direito.