Com o fim das festas de fim de ano, os brasileiros detentores de veículos já podem começar a programar o pagamento do IPVA de 2026. Afinal, já em janeiro, os cidadãos terão que arcar com os custos deste imposto. No entanto, o valor varia de acordo com os estados.

Cada unidade da federação tem autonomia para definir a alíquota, ou seja, o percentual aplicado sobre o valor venal (tabela Fipe) do veículo. Em suma, dois carros podem gerar valores de IPVA muito distintos, apenas por estarem registrados em estados diferentes.
O IPVA é o imposto estadual cobrado anualmente sobre a propriedade de veículos automotores — carros, motos, utilitários etc. No Brasil, os três estados com maiores alíquotas vêm do Sudeste: Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Estes locais cobram 4% do valor venal do veículo.
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Estas alíquotas referem-se a veículos de passeio comuns (combustível flex ou combustão). Para motos ou motonetas são de 2%; veículos movidos a GNV ou híbridos, 1,5%; e carros 100% elétricos, 0,5%.
Como exemplo no Rio de Janeiro: para um carro de passeio avaliado em R$ 100 mil, o IPVA custará R$ 4 mil. Para um veículo com valor de R$ 60 mil, o imposto será de R$ 2.400. Por outro lado, um condutor que possuir uma moto de R$ 30 mil pagará R$ 600.

Em contrapartida, outros estados do Brasil cobram até a metade do que é estipulado no Rio de Janeiro. Locais como Acre, Espírito Santo, Santa Catarina e Tocantins têm alíquota de IPVA de apenas 2%, as menores do país.
Esses valores ilustram como um carro de valor médio/padrão já resulta em um imposto relevante, muito mais alto do que estados com alíquota menor.
Para fazer o cálculo do IPVA, os estados costumam utilizar a tabela Fipe como referência. No entanto, alguns podem adotar critérios próprios para definir o valor venal. Isso significa que o mesmo veículo pode ter valores diferentes mesmo em estados com alíquota igual. Além disso, é comum que governos ofereçam descontos para quem paga à vista ou participa de programas estaduais.
No Rio de Janeiro, por exemplo, quem paga o imposto à vista tem redução de 3% no valor total. Há a possibilidade de parcelar em três vezes, sem o desconto oferecido para quem paga de uma vez.

A decisão de manter uma alíquota alta geralmente está ligada à busca por maior arrecadação para os cofres públicos estaduais. O IPVA é uma importante fonte de receita, e esses estados, por terem frotas de veículos maiores, conseguem um volume maior de dinheiro com essa taxa.
Além dos carros, alguns estados também cobram o IPVA sobre embarcações, aeronaves e jet skis. No entanto, essas categorias seguem regras específicas que variam conforme a legislação local. O que mais afeta o bolso dos brasileiros, de fato, são os automóveis particulares e comerciais, principalmente nos estados onde a alíquota chega ao limite máximo permitido por lei, como o Rio de Janeiro.