Viajar para o exterior é uma experiência empolgante e enriquecedora, mas também exige planejamento e atenção a detalhes burocráticos. Uma das principais preocupações de quem pretende atravessar fronteiras internacionais é a documentação necessária. Afinal, a falta de um documento pode significar desde a perda do voo até a deportação ao chegar ao destino.
Neste guia completo, você confere tudo o que precisa saber sobre os documentos exigidos em viagens internacionais, com base em informações oficiais de órgãos como a Polícia Federal, Itamaraty e a IATA (International Air Transport Association). Também apresentamos boas práticas de SEO e palavras-chave como “documentação para viagens internacionais”, “passaporte e visto”, e “documentos obrigatórios para viajar ao exterior” para facilitar a localização do conteúdo em ferramentas de busca.
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1. Passaporte: o documento básico e essencial
O passaporte é o documento de identidade reconhecido internacionalmente. No Brasil, ele é emitido pela Polícia Federal, e é exigido para praticamente todas as viagens internacionais, com exceção dos países do Mercosul, que aceitam a carteira de identidade (RG) com menos de 10 anos de emissão e em bom estado.
Para solicitar um passaporte, é necessário:
- Preencher o formulário no site da Polícia Federal;
- Pagar a GRU (Guia de Recolhimento da União);
- Agendar atendimento presencial com documentação exigida;
- Comparecer para a coleta de dados biométricos.
O passaporte brasileiro tem validade de 10 anos para maiores de 18 anos.
2. Visto de entrada: variação conforme o país de destino
Cada país tem suas próprias regras quanto à exigência de visto. Os Estados Unidos, por exemplo, exigem o visto de turismo (B2), enquanto a União Europeia permite a entrada de brasileiros para turismo por até 90 dias sem visto.
Desde 2024, a União Europeia instituiu o ETIAS (Sistema Europeu de Informação e Autorização de Viagem), que funcionará como uma autorização eletrônica, semelhante ao ESTA dos EUA. Especialistas como a advogada em imigração Paula Diniz recomendam: “Mesmo quando não há exigência de visto, é essencial verificar se há necessidade de autorização eletrônica.”
3. Certificado de vacinação internacional
Alguns países exigem comprovante de vacinação contra doenças como febre amarela. O Certificado Internacional de Vacina ou Profilaxia (CIVP) pode ser emitido gratuitamente pela Anvisa, e é reconhecido internacionalmente.
O viajante deve:
- Tomar a vacina exigida com antecedência (em geral, 10 dias antes da viagem);
- Cadastrar-se no portal Gov.br;
- Solicitar o certificado pelo site da Anvisa ou presencialmente.
4. Documentos para menores de idade
Menores de 18 anos viajando desacompanhados de ambos os pais precisam de autorização por escrito, com firma reconhecida, além do passaporte e eventuais vistos. Em viagens com apenas um dos pais, também é necessária a autorização do outro genitor.
A Resolução nº 131 do Conselho Nacional de Justiça detalha as condições e modelos de autorização. A advogada da infância e juventude, Dra. Carla Nascimento, alerta: “A falta de autorização é um dos principais motivos para menores serem impedidos de embarcar em voos internacionais.”

5. Seguro viagem: não obrigatório, mas essencial
Embora nem todos os destinos exijam seguro viagem, ele é altamente recomendado. Alguns países europeus signatários do Tratado de Schengen exigem cobertura mínima de €30 mil para emergências médicas.
Segundo a SUSEP (Superintendência de Seguros Privados), o seguro viagem deve cobrir:
- Despesas médicas e hospitalares;
- Traslado de corpo em caso de óbito;
- Retorno antecipado por motivos de saúde ou familiares.
6. Comprovação financeira e de hospedagem
Ao desembarcar em um país estrangeiro, o viajante pode ser solicitado a apresentar:
- Passagens de ida e volta;
- Reserva de hospedagem ou carta-convite;
- Comprovação de recursos financeiros (extratos bancários, cartões de crédito, dinheiro em espécie).
As exigências variam conforme o destino, mas o objetivo comum é garantir que o visitante tem condições de se manter durante a estadia.
7. CNH internacional ou PID para dirigir no exterior
Para quem deseja dirigir em outros países, é recomendada a emissão da Permissão Internacional para Dirigir (PID), emitida pelo Detran. Ela traduz a CNH para diversos idiomas e é aceita em mais de 100 países.
A PID é obrigatória em destinos como Japão e Emirados Árabes, mas dispensável em países do Mercosul, onde a CNH brasileira é aceita.
8. Cadastro na plataforma “Brasileiros no Mundo”
O Ministério das Relações Exteriores recomenda que brasileiros que viajam ao exterior se cadastrem na plataforma “Brasileiros no Mundo”. Isso facilita a localização e assistência consular em casos de emergência.

Dicas adicionais para evitar imprevistos nas viagens
- Verifique a validade dos documentos: muitos países exigem passaporte com validade de no mínimo 6 meses;
- Digitalize e salve cópias na nuvem e em dispositivos eletrônicos;
- Confirme exigências específicas com a embaixada ou consulado do país de destino;
- Esteja atento às mudanças recentes, como regras sanitárias e exigências pós-pandemia.
Com a documentação correta e atualizada, sua experiência internacional tem muito mais chances de ser tranquila e proveitosa. Seja para turismo, estudos, trabalho ou intercâmbio, cada detalhe faz diferença na hora de atravessar fronteiras.
Planeje-se com antecedência, consulte fontes oficiais e mantenha-se informado. Afinal, uma viagem segura começa com a papelada em ordem. E, como afirma o diplomata e ex-cônsul-geral José Alfredo Graça Lima: “A documentação é a ponte entre a intenção de viajar e a realização do sonho.”
Fique atento e boa viagem!