A queda do avião da Índia causou comoção mundial, diante da fragilidade dos passageiros em caso de acidentes neste meio de transporte. Estatisticamente, as viagens aéreas têm a menor taxa de acidentes fatais por quilômetro percorrido em comparação a outros meios como carros, trens ou navios.

Curiosamente, no quesito segurança, o avião perde apenas para elevadores que, sim, são considerados meios de transporte.
As aeronaves comerciais modernas são projetadas com tecnologias avançadas e seguem rigorosos padrões de manutenção e segurança. No Brasil, a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) é a responsável por toda regulamentação e fiscalização.
Utiliza critérios como identificação de perigos, análise de consequências e classificação do risco para avaliar o grau de risco em aeroportos. Estes critérios são aplicados para garantir a segurança operacional e a proteção dos passageiros e do público em geral.

Identificação de perigos para o avião
O primeiro passo é identificar todos os perigos que podem representar riscos para as operações aeroportuárias, como ameaças de segurança. Aí se incluem atos de interferência ilícita, terrorismo, sabotagem, etc.
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Os perigos naturais são avaliados. Condições climáticas adversas como chuvas, ventos fortes e presença de animais em locais de tráfego de avião. Na parte técnica, a ANAC avalia perigos relacionados às operações, equipamentos defeituosos ou falhas na infraestrutura.
Mas há também a análise de consequências. Para cada perigo identificado, é preciso avaliar as possíveis consequências. Assim, os técnicos consideram a gravidade dos danos que o perigo pode causar, desde lesões a perda de vidas e danos materiais.
A Agência também trabalha com probabilidades, avaliando a chance de ocorrência do perigo, analisando fatores como a frequência dos eventos e a vulnerabilidade do aeroporto.
Classificação do Risco

Com base na análise de perigos e consequências, o risco é classificado em níveis, que podem variar de “muito baixo” a “crítico”. Isso depende da combinação de severidade e probabilidade. Assim, é possível fazer um gerenciamento do risco de viajar de avião.
Após a classificação do risco em questão, o operador do aeroporto deve implementar medidas de controle para mitigar os riscos identificados. As medidas vão desde inspeções de passageiros e bagagens a controle de acesso às áreas restritas.
A entidade ainda faz um trabalho de monitoramento e prevenção, considerando condições climáticas e medidas para evitar a presença de animais. Todo pessoal envolvido nas atividades passam por treinamento para lidar com situações de emergências
Segurança Operacional
A ANAC também estabelece normas e regulamentos para garantir a segurança operacional nos aeroportos. Assim, realiza inspeções e manutenção das aeronaves, além do controle de tráfego aéreo. Em solo, monitora procedimentos de manuseio de cargas e proteção de trabalhadores,
Em resumo, a ANAC utiliza uma abordagem sistemática para avaliar e gerenciar o risco em aeroportos, visando garantir a segurança e a proteção de todos os envolvidos.