Preso no início da manhã desta quinta-feira (29/05/2025) , não é a primeira vez que MC Poze do Rodo ganha o noticiário por suposto envolvimento com o crime organizado. No caso atual, Marlon Brandon Coelho Couto, nome do artista, é investigado por apologia ao crime, além de envolvimento com o tráfico de drogas.
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Agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), do Rio de Janeiro, foram até a casa de MC Poze, no Recreio dos Bandeirantes, a fim de cumprir mandado de prisão temporária. O local é um condomínio de luxo, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
De acordo com investigação da Polícia Civil do Rio de Janeiro, o histórico de MC Poze do Rodo o coloca em linha direta com o Comando Vermelho. Veja a seguir os casos anteriores.
Operação Rifa Limpa
No fim do ano passado, em novembro, policiais do DRE apreenderam bens de MC Poze do Rodo. Uma lista que incluía carros de luxo e joias – algumas customizadas – durante a Operação Rifa Limpa. O foco da ação, no episódio, era contra sorteios ilegais divulgados nas redes sociais. A mulher do cantor, Viviane Noronha, também foi alvo da operação.

Em abril último, no entanto, o juiz Thales Nogueira, da 1ª Vara Criminal Especializada em Organização Criminosa, restituiu a MC Poze os bens. De acordo com a decisão judicial, “não havia indícios de relação entre os itens apreendidos com os supostos crimes investigados”.
Eu só quero o que é meu e o que Deus generosamente me dá – MC Poze nas redes sociais, após a apreensão.
Bailes e apologia
Vídeos de MC Poze do Rodo em performance também criaram clima tenso entre a Polícia e o artista. Ele é investigado por apologia e ligação com o crime organizado. Precisamente com o Comando Vermelho. A DRE abriu investigação para levantar o que há por trás das imagens de um baile funk ocorrido no dia 17 deste mês, na Cidade de Deus.

Poze cantava, enquanto criminosos exibiam fuzis e dançavam. Isso havia ocorrido antes, em 2020, quando o artista se apresentou no Jacaré, bairro da Zona Norte do Rio. Conforme investigação policial, os indícios de relação entre o funkeiro e o crime organizado são flagrantes.
A morte do policial civil José Antônio Lourenço, da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), acirrou ainda mais a relação entre MC Poze e a Polícia. No show do dia 17, o funkeiro cantou músicas celebrando o CV. O policial morreu dias depois, durante operação justamente na Cidade de Deus.