O recente caso da mulher flagrada tentando entrar em um presídio com armas escondidas dentro de um saco de feijão chamou atenção pela ousadia e criatividade. No entanto, essa não é a primeira vez que o sistema penitenciário brasileiro se depara com tentativas inusitadas de burlar a segurança. De celulares em partes íntimas a drones com drogas, relembre alguns dos casos de as apreensões mais absurdas em presídios brasileiros.
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Armas escondidas no feijão (2025)
Em um presídio do interior de São Paulo, uma mulher foi detida ao tentar ingressar na unidade com duas armas de fogo escondidas em um saco de feijão. O material passou pelo raio-X e chamou a atenção dos agentes penitenciários. O caso, além de inusitado, acendeu o alerta para a necessidade de revisão nos protocolos de inspeção de alimentos e visitas. A mulher foi presa em flagrante e responderá por tráfico de armas e tentativa de favorecimento de crime.
Celulares em marmitas e frangos assados
A criatividade não para nos portões das prisões. Casos de celulares escondidos dentro de marmitas, panelas de feijoada e frangos assados recheados com componentes eletrônicos já se tornaram frequentes. Em 2022, no Complexo Penitenciário de Bangu, no Rio de Janeiro, agentes encontraram dois aparelhos celulares dentro de um frango assado enviado por um familiar. Apesar de parecer cômico, o episódio demonstra como itens comuns podem ser manipulados para facilitar comunicação ilegal entre detentos e o mundo externo.
Drones com encomendas ilegais
Com o avanço da tecnologia, o crime organizado também passou a usar drones para driblar os muros das penitenciárias. Em 2021, um drone foi interceptado enquanto sobrevoava a Penitenciária Estadual de Londrina, no Paraná, carregando um pacote com drogas, chips de celular e carregadores. Casos semelhantes foram registrados em Goiás, Minas Gerais e Bahia. O uso desses equipamentos exige dos agentes penitenciários uma nova forma de vigilância, com instalação de redes de bloqueio de sinal e sistemas anti-drone.
Pombos-correio do crime
Se os drones representam a modernidade, os pombos voltaram a ser usados com um toque de ironia. Em 2017, um pombo foi flagrado tentando entrar no Presídio Central de Porto Alegre com uma pequena “mochila” nas costas, contendo celulares e chips. Casos semelhantes ocorreram em São Paulo e Mato Grosso do Sul. As autoridades classificaram os episódios como “inacreditáveis”, mas reforçaram a necessidade de monitoramento constante, inclusive do céu.
Cavidades corporais e partes íntimas
Apesar de extremamente arriscadas, algumas pessoas insistem em esconder objetos nas partes íntimas. Drogas, celulares e chips já foram encontrados em regiões do corpo de visitantes, inclusive menores de idade. O método, além de perigoso à saúde, tornou-se frequente a ponto de justificar a implantação de body scanners nas principais unidades prisionais do país. A medida visa evitar constrangimentos e tornar o processo de revista mais eficaz e humanizado.
Livros com fundo falso e bíblia recheada
A criatividade também se estende à literatura. Diversos casos mostram que livros, incluindo bíblias, já foram usados para esconder drogas e celulares. Em 2019, no Presídio de Feira de Santana (BA), agentes encontraram um celular dentro de uma bíblia com fundo falso enviada por um familiar. A simbologia religiosa do objeto muitas vezes reduz a suspeita, o que torna a tática ainda mais eficaz – e chocante.
Crianças usadas para esconder drogas
Em um dos casos mais revoltantes, uma mulher foi flagrada em 2020 tentando entrar no Presídio Feminino do Recife com drogas escondidas na fralda da filha de dois anos. O caso gerou comoção nacional e levantou um debate urgente sobre os limites da visitação com crianças em ambientes carcerários. A mulher foi presa e perdeu a guarda da filha temporariamente.

As apreensões mais absurdas em presídios brasileiros- um retrato da criatividade criminosa
As tentativas surreais de entrar com objetos proibidos nos presídios brasileiros revelam uma constante corrida entre o crime e as autoridades. Enquanto criminosos apostam em criatividade e disfarces improváveis, o sistema penitenciário corre para modernizar sua estrutura, capacitar agentes e adotar tecnologias mais eficientes de revista e monitoramento.
Esses casos, embora muitas vezes bizarros, apontam para um problema sério: a falta de estrutura, a superlotação e a vulnerabilidade de muitas unidades prisionais do país. Para especialistas em segurança, apenas com investimento em tecnologia, transparência e formação de pessoal será possível mudar esse cenário.