As eleições para o governo do Rio de Janeiro em 2026 já movimentam os bastidores da política fluminense. Ainda que as candidaturas oficiais só devam ser confirmadas em 2026, partidos e lideranças já articulam alianças e testam nomes nas pesquisas de intenção de voto. Um dos nomes mais cotados para a disputa é o do atual prefeito da capital, Eduardo Paes (PSD), que lidera com folga os levantamentos realizados até o momento.
Segundo pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas, realizada entre 31 de março e 4 de abril de 2025, Paes aparece com 48,9% das intenções de voto em um dos cenários estimulados. No segundo cenário testado, o índice sobe para 49,9%. Apesar de negar publicamente que pretende concorrer ao governo estadual, o desempenho expressivo nas pesquisas e sua força política no estado mantêm viva a especulação em torno de sua possível candidatura.
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Outros nomes na disputa nos candidatos ao governo do Rio de Janeiro
Além de Eduardo Paes, outros nomes também surgem como possíveis candidatos ao governo do estado. Pela esquerda, o deputado federal Tarcísio Motta (PSOL) é o nome mais lembrado, com 8,7% das intenções de voto no cenário testado. Motta tem sido uma das vozes mais ativas da oposição no Congresso e busca consolidar o PSOL como uma alternativa de esquerda no Rio.
O ex-presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, também aparece com 8,5% das intenções de voto. Sem filiação partidária confirmada até o momento, Landim representa um nome fora da política tradicional, mas com forte apelo popular, especialmente entre os torcedores do clube carioca.
Outro nome em ascensão é o do presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Rodrigo Bacellar (União Brasil), que aparece com 8,2% nas intenções de voto. Bacellar tem ampliado sua influência política no interior do estado e busca viabilizar sua candidatura com apoio de prefeitos e lideranças regionais.
O atual vice-governador, Thiago Pampolha (MDB), também é cotado para a disputa. Com 3,6% das intenções de voto, ele ainda precisa ganhar visibilidade estadual, mas pode herdar parte da base eleitoral do atual governador Cláudio Castro (PL), que está em seu segundo mandato e, portanto, impedido de concorrer à reeleição.
Fechando a lista de nomes testados, o médico e influenciador digital Ítalo Marsili aparece com 1% das intenções de voto. Sem histórico político, Marsili tem forte presença nas redes sociais e é uma aposta do conservadorismo digital, embora ainda sem estrutura partidária definida.

Cenário político e articulações
Com a saída de Cláudio Castro da disputa, o PL tenta se reorganizar para manter sua força no estado. O partido busca construir uma candidatura única entre os nomes da direita e pretende reivindicar as duas vagas ao Senado que estarão em disputa em 2026. As negociações incluem possíveis alianças com União Brasil e partidos do Centrão, com o objetivo de evitar a pulverização de votos e tentar conter o avanço de Paes, caso ele realmente entre na disputa.
Embora ainda seja cedo para definir o cenário final da corrida eleitoral, a movimentação dos bastidores já indica uma eleição acirrada, marcada por disputas entre figuras tradicionais da política fluminense, nomes emergentes e outsiders com forte apelo popular.
A expectativa é de que até o final de 2025 os partidos consolidem suas pré-candidaturas, definam alianças e ajustem suas estratégias. O eleitor fluminense, por sua vez, terá um papel decisivo na definição dos rumos do estado para os próximos quatro anos.