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Meio Ambiente

Atafona e mais: praias paradisíacas do Rio de Janeiro com os dias contados

Mário BoechatPor Mário Boechat12 de agosto de 2025Atualizado:12 de agosto de 2025
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As deslumbrantes praias do litoral de Campos dos Goytacazes, no norte fluminense, vêm encantando turistas e moradores. No entanto, fenômenos como erosão costeira, avanço do mar e eventos extremos colocam essas paisagens em risco, muitas delas com os dias contados. Estudos científicos e testemunhos locais atestam que o mar não espera: está avançando, e é preciso agir agora, como no caso de Atafona, em São João da Barra, que já teve mais de 500 construções destruídas.

Mar revolto destrói contenção de areia feita para proteger casas em Atafona
Mar revolto destrói contenção de areia feita para proteger casas em Atafona – Foto: Divulgação / Defesa Civil

Segundo a ONU, a comunidade de Atafona — distrito de São João da Barra, vizinho a Campos — é um exemplo crítico do fenômeno. Nas últimas décadas, cerca de 500 casas foram tomadas pelo oceano, em apenas 2 km de litoral, por causa da erosão e assoreamento do rio Paraíba do Sul, intensificados pelas mudanças climáticas.

O relatório do IPCC reforça este sinal: o nível médio do mar subiu, nos últimos 10 anos, mais de duas vezes em relação ao período entre 1993 e 2002 — de cerca de 0,21 cm/ano passando para aproximadamente 0,48 cm/ano — somando‑se aos eventos climáticos extremos.

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No Brasil, estima‑se que entre 20% e 70% das praias arenosas do mundo estão em processo de erosão. No litoral do Rio de Janeiro — entre a capital e Cabo Frio — a expansão urbana e a ocupação próxima às areias agravam a situação.

Causas aceleradoras: clima, urbanização e eventos extremos

  • Elevação do nível do mar e aquecimento global
    O principal fator é o aumento do nível do mar, resultado do aquecimento global. Esse processo provoca o recuo da linha de costa e reduções significativas na faixa de areia.
  • Eventos extremos e ressacas devastadoras
    O oceanógrafo Marcelo Sperle Dias, da Uerj, alerta que o impacto das ondas depende não só da altura, mas também do período — ou seja, do tempo que a onda leva para romper. Em ressacas recentes em Macaé, ondas com período de 16 a 18 segundos tiveram efeito semelhante a um tsunami, provocando forte erosão costeira.
  • Ocupação urbana sem resiliência costeira
    Construções, quiosques, calçadões e ciclovias erguem-se quase sobre a areia, impedindo o recuo natural da orla e expondo tudo ao impacto direto das ondas. A recomendação do Programa Erocosta, do governo federal, é manter uma zona de amortecimento de 50 m em áreas urbanas e 200 m em áreas não urbanas, o que raramente é respeitado.
  • Destruição da vegetação de restinga e dunas
    As plantas da restinga e das dunas funcionam como barreiras naturais que absorvem energia das ondas. O pisoteio e queimadas destroem esse sistema de contenção, acelerando a erosão.

O caso de Campos dos Goytacazes, Atafona e litoral norte fluminense

Apesar de menos estudada que a Zona Sul do Rio, a costa que abrange Campos, São João da Barra, Rio das Ostras e outras localidades apresenta sinais alarmantes:

Atafona (São João da Barra): 500 casas foram tomadas pelo mar ao longo dos últimos anos; erosão e assoreamento impedem o aporte natural de areia pela foz do Paraíba do Sul.

Rio das Ostras (Praia da Tartaruga e Praia do Abricó): Entre 2013 e 2015, a Praia da Tartaruga perdeu cerca de 7 metros de largura em apenas 2 anos, com risco à rodovia RJ‑106. Posteriormente, também a Praia do Abricó foi afetada.
olharoceanografico.com

Campos dos Goytacazes: Embora não haja estudo direto disponível, as condições são semelhantes às de Atafona, com ameaça real às praias paradisíacas locais. A ausência de dados regionais expõe a urgência de estudos direcionados.

Pesquisas da COPPE/UFRJ indicam que praias icônicas como Copacabana, Ipanema e Leblon, na Zona Sul do Rio de Janeiro, podem perder até 100 m de faixa de areia até 2100, com elevação estimada do mar em até 0,69–0,78 m. Copacabana já perdeu 10% da areia na última década, e áreas como a Lagoa Rodrigo de Freitas poderão sofrer inundações permanentes.

A perda estimada de até 80 metros em Ipanema, Leblon e Botafogo, além do risco de desaparecimento de manguezais na APA de Guapimirim, serve como alerta para regiões vizinhas como Campos dos Goytacazes.

Mar avança praia adentro em Atafona
Mar avança praia adentro em Atafona – Foto: Facebook / Divulgação

A pesquisa reforça que, mesmo em cenários climáticos moderados (RCP4.5), os impactos são severos se não houver implementação de medidas técnicas adequadas.

Soluções propostas: urgência em agir
As recomendações se dividem entre intervenções estruturais, conservação ambiental e políticas públicas:

  • Engordamento artificial das praias: Injeção de areia para recompor faixas perdidas — mas com eficácia limitada se não for feita com planejamento técnico.
  • Implantação de recifes e moles artificiais: Estruturas submersas ou costeiras que quebram a força das ondas. Devem ser projetadas com base em modelagens técnicas rigorosas.
  • Proteção e recuperação de ecossistemas naturais: Replantio de manguezais e restinga, e valorização das dunas como amortecedores naturais.
  • Monitoramento em tempo real: Boias, sensores e marégrafos para detectar variações no nível do mar, ondas e correntes — como o convênio entre UFRJ/Inpo e a prefeitura do Rio.
  • Planejamento urbano integrado: Levar em conta o risco costeiro na definição de uso do solo, evitando obras próximas à orla; respeitar áreas de amortecimento.
  • Consciência e mobilização pública: Informar moradores e turistas sobre riscos — ressacas, áreas perigosas — e mobilizar sociedade civil e governos para atuar de forma coordenada.


As praias do litoral de Campos dos Goytacazes — apesar de ainda relativamente preservadas — enfrentam risco real de desaparecer diante do avanço do mar, como já ocorre em Atafona e outras partes do norte fluminense.

Sem planejamento integrado, intervenções técnicas apropriadas e recuperação de ecossistemas naturais, esses paraísos podem ser engolidos antes do fim do século.

É urgente que autoridades municipais, instituições de pesquisa, ONGs ambientais e comunidades locais unam forças. É hora de estudar com profundidade, monitorar continuamente, investir em soluções estruturais e naturais, e garantir a sustentabilidade dessas praias para as próximas gerações.

Rio de Janeiro Rio de Janeiro - RJ
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