Com o avanço das plataformas de streaming, as crianças têm acesso a uma infinidade de conteúdos a qualquer hora e em qualquer lugar. Mas como os pais podem garantir que seus filhos consumam materiais adequados para a idade? A resposta está no uso de ferramentas de controle parental e na orientação ativa sobre o que assistem.
Veja também:
- Como educar filhos na era digital
- Atores que se destacaram na era do streaming
- Netflix, Disney+ ou Prime Video: Qual Streaming Vale a Pena?

O papel dos pais no controle do conteúdo
O streaming trouxe vantagens como a flexibilidade de assistir a conteúdos sob demanda, mas também desafios significativos para pais e responsáveis. Segundo um estudo da Common Sense Media, 81% das crianças entre 8 e 12 anos assistem a vídeos online regularmente, sendo que muitas delas consomem conteúdos sem supervisão. Isso aumenta a preocupação com a exposição precoce a temas inapropriados, violência, discursos de ódio e até desinformação.
De acordo com a psicóloga infantil Ana Carolina Sousa, “o conteúdo consumido pelas crianças influencia diretamente seu desenvolvimento cognitivo e emocional. É essencial que os pais monitorem e guiem esse processo para evitar impactos negativos”.
Como funciona o controle parental nos serviços de streaming?
Felizmente, a maioria das plataformas de streaming oferece recursos para ajudar no controle do que as crianças podem assistir. Veja algumas das principais ferramentas disponíveis:
1. Perfis infantis
A maioria dos serviços de streaming, como Netflix, Disney+, Prime Video e HBO Max, permite a criação de perfis exclusivos para crianças. Esses perfis restringem o acesso a conteúdos classificados para a faixa etária e evitam a exposição a materiais inadequados.
2. Bloqueio de conteúdo por classificação etária
Algumas plataformas oferecem a opção de bloquear conteúdos com base na classificação indicativa. No YouTube Kids, por exemplo, os pais podem selecionar vídeos apropriados para seus filhos e impedir que acessem outros tipos de conteúdos.
3. Controle de tempo de tela
O tempo excessivo em frente às telas pode impactar negativamente o sono, o desempenho escolar e até a socialização das crianças. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), crianças de 2 a 5 anos não devem ultrapassar uma hora diária de exposição a telas. Serviços como Apple Screen Time e Google Family Link ajudam os pais a limitar o tempo de uso dos dispositivos.
4. Histórico e relatórios de visualização
Algumas plataformas oferecem um histórico de visualização para que os pais saibam exatamente o que seus filhos estão assistindo. Isso permite uma abordagem mais educativa e proativa na orientação do conteúdo consumido.

Os riscos da falta de controle no streaming
Sem uma supervisão ativa, as crianças podem acessar conteúdos inadequados de diversas formas. Entre os riscos estão:
- Exposição a violência e linguagens inadequadas: Muitas produções voltadas para adultos podem conter cenas perturbadoras para crianças.
- Propagação de desinformação: Conteúdos com informações falsas podem influenciar a percepção da criança sobre a realidade.
- Influência de comportamentos problemáticos: Vídeos de desafios perigosos ou comportamentos antissociais podem ser absorvidos pelas crianças e até replicados.
“O cérebro infantil ainda está em desenvolvimento e é muito suscetível a estímulos externos. A falta de controle pode permitir que a criança normalize comportamentos nocivos”, alerta o neurocientista Pedro Amaral.
Dicas para um controle mais eficiente
Além de utilizar os recursos de controle parental, algumas atitudes podem ajudar os pais a garantirem um consumo mais saudável de conteúdos pelos filhos:
- Assista junto com a criança: Acompanhar o que seu filho está assistindo ajuda a entender suas preferências e filtrar conteúdos inadequados.
- Estabeleça limites claros: Determine horários específicos para o uso das telas e incentive atividades offline, como leitura e brincadeiras ao ar livre.
- Converse sobre o que eles assistem: Ensine seu filho a questionar conteúdos e identificar mensagens inadequadas.
- Utilize plataformas seguras: Sempre prefira serviços que ofereçam controle parental robusto.

Regular o que os filhos assistem no streaming não significa proibir o acesso, mas sim educá-los para um consumo consciente e seguro. A tecnologia deve ser uma aliada na criação de hábitos saudáveis, e a supervisão ativa dos pais é essencial para garantir que as crianças tenham uma experiência digital positiva.
Gostou do conteúdo? Compartilhe com outros pais e responsáveis para ajudá-los a proteger suas crianças no mundo digital!