Com o crescimento da verticalização urbana e o aumento da complexidade nas administrações condominiais, a figura do síndico profissional ganhou protagonismo no mercado imobiliário. No Rio de Janeiro, onde os condomínios residenciais e comerciais se multiplicam em todas as zonas da cidade, a demanda por gestores qualificados segue em alta — e com ela, surgem dúvidas importantes: quanto ganha um síndico profissional no Rio? Quais são os fatores que determinam a remuneração?
Nesta matéria, você vai entender como funciona o mercado de atuação para síndicos profissionais na capital fluminense, qual a média de honorários praticada, o que influencia nos valores cobrados, e o que dizem as principais instituições do setor sobre a profissionalização da função.
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O que é um síndico profissional?
O síndico profissional é um gestor contratado para administrar o condomínio, com dedicação integral ou parcial, sem precisar ser morador do local. Ele atua como prestador de serviço, geralmente com contrato aprovado em assembleia, e pode ser tanto pessoa física quanto jurídica.
Ao contrário do síndico morador, cuja atuação costuma ser amadora ou por afinidade, o síndico profissional tem formação técnica, cursos específicos em gestão condominial, e lida com diversas áreas como finanças, manutenção predial, direito condominial, mediação de conflitos e governança.
Segundo a ABRASSP (Associação Brasileira de Síndicos e Síndicos Profissionais), a profissionalização da função é uma tendência nacional que ganha cada vez mais espaço especialmente em cidades como o Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília.
Quanto ganha um síndico profissional no Rio?
No Rio de Janeiro, a remuneração de um síndico profissional varia entre R$ 2.000 e R$ 10.000 por condomínio, podendo ultrapassar esse valor em casos de empreendimentos de grande porte ou com múltiplas torres. A média gira entre R$ 3.500 a R$ 5.500, dependendo da região, da estrutura do condomínio e da carga de responsabilidades envolvidas.
Síndicos que atuam em condomínios-clube ou grandes complexos da Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes ou Zona Sul podem receber entre R$ 8 mil e R$ 12 mil por mês, principalmente se houver gestão de várias unidades habitacionais, equipes terceirizadas e grandes volumes financeiros.
Já em condomínios menores, localizados em bairros como Tijuca, Vila Isabel ou Méier, a remuneração tende a ficar entre R$ 2.000 e R$ 3.500, de acordo com dados de mercado reunidos por consultorias do setor.
“O valor dos honorários está diretamente ligado à responsabilidade assumida, à quantidade de unidades, à estrutura administrativa e ao nível de exigência dos moradores. Além disso, a reputação e a experiência do síndico fazem toda a diferença”, explica Juliana Motta, diretora da Escola de Síndicos RJ, que atua na formação de profissionais no estado.
Fatores que influenciam na remuneração do síndico
A remuneração de um síndico profissional no Rio de Janeiro é influenciada por diversos fatores, que incluem:
1. Tamanho e complexidade do condomínio
- Número de apartamentos ou unidades
- Quantidade de áreas comuns e equipamentos (piscinas, academias, playgrounds, etc.)
- Presença de portaria 24h, elevadores, geradores e sistemas de segurança
2. Localização
Condomínios em regiões mais valorizadas, como Zona Sul, Barra da Tijuca e Centro, tendem a oferecer honorários mais altos, tanto pelo custo de vida local quanto pela sofisticação dos serviços exigidos.
3. Escopo de atuação
Alguns contratos incluem apenas a administração macro, enquanto outros envolvem atuação direta com fornecedores, gestão de pessoal, mediação de conflitos, participação em obras e reformas, além da organização de assembleias.
4. Experiência e qualificação do profissional
Síndicos com formação específica, certificações e histórico positivo em outros condomínios ganham destaque e podem cobrar mais. Algumas certificações valorizadas no mercado carioca incluem:
- Curso de Síndico Profissional (ABRASSP)
- Certificação do Secovi Rio
- Formação em mediação de conflitos ou administração predial
5. Número de condomínios atendidos
Síndicos que atuam em modelo multipropriedade (ou seja, gerem mais de um condomínio simultaneamente) organizam a agenda de forma estratégica. Nesse caso, os valores por condomínio podem ser menores, mas o ganho total mensal pode ultrapassar R$ 20 mil.

Faixa de remuneração no Rio (2025)
Tipo de Condomínio | Região | Média de Honorários Mensais |
---|---|---|
Pequeno (até 30 unidades) | Zona Norte / Subúrbio | R$ 2.000 – R$ 3.000 |
Médio (31 a 80 unidades) | Grande Tijuca / Zona Oeste | R$ 3.500 – R$ 5.000 |
Grande (acima de 80 unidades) | Zona Sul / Barra da Tijuca | R$ 6.000 – R$ 12.000 |
Condomínio Clube ou complexo | Barra / Recreio / Centro | R$ 10.000 ou mais |
Fonte: dados de mercado, Secovi Rio, ABRASSP e plataformas de recrutamento como SíndicoNet e CoteiBem.
Como o valor é definido?
A remuneração do síndico profissional deve ser discutida em assembleia geral, preferencialmente com apresentação de proposta formal. O contrato deve detalhar:
- Honorários mensais
- Frequência de visitas
- Carga horária estimada
- Responsabilidades administrativas
- Multas ou penalidades por descumprimento
“É importante que o síndico profissional seja contratado com base em metas e indicadores de desempenho, como redução de inadimplência, manutenção preventiva e transparência nas contas”, orienta Daniela Gouvêa, consultora condominial do Rio e fundadora da startup GestoraCom.
Vantagens de contratar um síndico profissional
A contratação de um síndico profissional no Rio vem crescendo especialmente em condomínios novos ou de médio/grande porte, que buscam mais profissionalismo, padronização e segurança jurídica na administração.
Entre as vantagens estão:
- Redução de conflitos internos
- Eficiência na gestão financeira
- Planejamento de manutenções
- Relacionamento técnico com prestadores de serviço
- Prevenção de passivos jurídicos
Quando não compensa?
Em condomínios pequenos, com poucas unidades e baixo orçamento, a contratação de um síndico profissional pode não ser viável financeiramente. Nesses casos, o ideal é avaliar alternativas como:
- Síndico morador capacitado, com apoio de uma administradora
- Síndico híbrido, com suporte técnico pontual
- Contratação parcial (por horas ou visitas mensais)

Mercado promissor: oportunidades no Rio
Com mais de 1 milhão de unidades habitacionais em regime condominial no estado do Rio de Janeiro, segundo dados da ABECIP e do Secovi Rio, a demanda por síndicos profissionais está em expansão, sobretudo nas regiões com novos empreendimentos e condomínios-clube.
Além disso, a atualização da Lei do Condomínio (Lei nº 4.591/64) e o crescimento da exigência por transparência na gestão impulsionam a busca por gestores qualificados.
Plataformas como SíndicoNet, GetNinjas e SindHub já oferecem filtros regionais para quem busca ou oferece serviços de síndico no Rio, facilitando a profissionalização e a precificação mais justa para ambas as partes.
Se você atua ou deseja atuar como síndico profissional no Rio de Janeiro, tenha em mente que o valor justo dos honorários depende de múltiplos fatores. O importante é construir uma proposta personalizada, com base no perfil do condomínio, nas suas qualificações e nos objetivos da gestão.
Já para os condomínios, é essencial buscar profissionais comprometidos, com referências e formação adequada, para garantir que o investimento gere retorno em organização, segurança e valorização patrimonial.