As tarifas de Donald Trump são tema para o mundo todo refletir. Especialmente aquelas relacionadas à guerra comercial com a China, mas também as medidas protecionistas voltadas para produtos como aço e alumínio. Mesmo com a decisão de ampliar para 125% as tarifas para os chineses, ainda assim há reflexos no Brasil.
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Em certa escala, são decisões que têm impactos indiretos, porém relevantes, na economia do Estado do Rio de Janeiro. Mesmo que as taxas recíprocas tenham sido reduzidas para 10% aos demais países. A guerra comercial entre os dois gigantes afeta o mundo todo.
Na verdade, conforme o próprio presidente dos EUA anunciou, “trata-se de uma “pausa” no tarifaço, que há uma semana resultou na escalada da guerra comercial global.
As tarifas de Donald Trump
Pensando na economia local, convém uma análise sobre como as tarifas de Donald Trump podem afetar o Estado do Rio de Janeiro. Levando em consideração os produtos que mais se destacam na região, vale citar alguns pontos importantes sobre como essas tarifas de Donald Trump afetam o Rio de Janeiro:

1. Exportações de aço e alumínio
O Brasil é um grande exportador de aço e alumínio para os Estados Unidos, e o Rio de Janeiro abriga importantes unidades industriais ligadas a esses setores. Quando o governo Trump impôs tarifas sobre esses produtos, empresas brasileiras, incluindo siderúrgicas no Rio de Janeiro, enfrentaram aumento de custos e incertezas sobre acesso ao mercado norte-americano.
Impacto:
- Redução na competitividade internacional das empresas locais.
- Queda em exportações, afetando receita e empregos na indústria metalúrgica.
2. Volatilidade do dólar e efeito cambial

As tensões comerciais provocadas pelas tarifas de Trump geraram instabilidade nos mercados globais, afetando o câmbio. O real se desvalorizou frente ao dólar, o que tem efeitos mistos:
Impacto positivo:
- Produtos exportados do Rio (como petróleo e minério de ferro) ficaram mais competitivos.
Impacto negativo:
- Aumento nos custos de importação de bens de capital e insumos industriais, o que prejudica setores produtivos do estado.
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3. Setor de petróleo e gás
O Rio de Janeiro é o maior produtor de petróleo do Brasil. Embora o setor não tenha sido diretamente tarifado, as tensões globais e instabilidades comerciais impactaram o preço do petróleo.
Impacto:
- Oscilações no preço do barril afetaram investimentos e receitas da cadeia produtiva no estado.
- A Petrobras, com forte presença no Rio, teve que ajustar estratégias em função do cenário internacional.
4. Investimentos estrangeiros

O ambiente internacional mais protecionista e incerto durante o governo Trump levou a uma retração nos investimentos em países emergentes, como o Brasil.
Impacto no RJ:
- Diminuição no fluxo de novos investimentos em infraestrutura e energia.
- Afeta projetos estratégicos no estado, principalmente os ligados ao setor portuário e à exploração do pré-sal.
Efeitos colaterais
As tarifas de Donald Trump não tenham sido direcionadas especificamente ao Brasil ou ao Rio de Janeiro. Entretanto, os efeitos colaterais das suas políticas comerciais impactam a economia fluminense. As maiores vítimas em potencial são a indústria do aço, do câmbio, do setor de petróleo e da queda de investimentos estrangeiros. Consequentemente, as chances de o cidadão comum serem impactados são grandes. Você, inclusive!