A mobilidade urbana elétrica no Brasil está em plena expansão, impulsionada por investimentos significativos, avanços tecnológicos e uma crescente conscientização ambiental. Até 2030, espera-se que o país experimente uma transformação substancial em seu setor de transportes, com impactos diretos na economia, no meio ambiente e na qualidade de vida das cidades.

1. Crescimento da frota de veículos elétricos
Em 2023, o Brasil registrou 93.927 emplacamentos de veículos leves eletrificados, marcando um crescimento de 91% em relação a 2022. ABVE A projeção é que, até 2030, a frota brasileira de veículos elétricos cresça 160 vezes, alcançando mais de 500 mil unidades.
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2. Investimentos no setor automotivo
As montadoras estão comprometidas com a eletrificação no Brasil. A Stellantis anunciou um investimento de R$ 30 bilhões para produzir híbridos plug-in e pelo menos 20% de elétricos puros no país até 2030. A BYD, por sua vez, elevou seu investimento para R$ 5,5 bilhões, com planos de iniciar a produção nacional de eletrificados em 2025.
3. Expansão da infraestrutura de recarga
A infraestrutura de recarga tem acompanhado o crescimento da frota. Em março de 2024, o Brasil contava com 7.758 eletropostos, número que saltou para 10.622 em agosto do mesmo ano. Estima-se que, até 2030, serão necessários investimentos de aproximadamente R$ 4,5 bilhões para garantir uma rede com 160.861 carregadores públicos.

4. Incentivos governamentais e políticas públicas
O governo federal, em parceria com o setor privado, destinou R$ 1,6 trilhão para transformar a mobilidade urbana no Brasil até 2029. Uma das metas é a produção nacional de baterias, utilizando reservas de lítio brasileiras. A WEG iniciou um ciclo de investimentos para fabricar baterias no Brasil, com aporte inicial de R$ 1,8 bilhão.
5. Desafios a serem superados
Apesar dos avanços, alguns desafios persistem:
- Custo dos veículos: Os modelos mais acessíveis ainda superam R$ 150 mil, o que limita o acesso de grande parte da população.
- Infraestrutura de recarga: A distribuição geográfica dos pontos de recarga é desigual, com maior concentração nas regiões Sul e Sudeste.
- Capacidade de produção nacional: A dependência de componentes importados, como baterias, ainda é alta, o que impacta nos custos e na sustentabilidade da cadeia produtiva.
6. Oportunidades emergentes
A transição para a mobilidade elétrica oferece diversas oportunidades:
- Geração de empregos: A expansão do setor cria novas vagas em áreas como fabricação de veículos, instalação de pontos de recarga e desenvolvimento de tecnologias.
- Desenvolvimento tecnológico: O investimento em pesquisa e desenvolvimento pode posicionar o Brasil como líder em soluções de mobilidade sustentável.
- Sustentabilidade ambiental: A redução das emissões de gases poluentes contribui para a melhoria da qualidade do ar e para o cumprimento das metas climáticas do país.
7. Perspectivas para 2030
Até 2030, espera-se que:
- A frota de veículos elétricos no Brasil ultrapasse 500 mil unidades.
- A infraestrutura de recarga seja significativamente ampliada, com pontos de recarga em todas as regiões do país.
- A produção nacional de baterias alcance 33% do mercado, reduzindo a dependência de importações.
- O setor de mobilidade elétrica contribua com bilhões de reais para a economia brasileira.
A mobilidade urbana elétrica está em crescimento
A mobilidade urbana elétrica no Brasil está em um caminho ascendente, impulsionada por investimentos robustos, políticas públicas favoráveis e uma crescente demanda por soluções sustentáveis. Com a superação dos desafios atuais, o país tem a oportunidade de se consolidar como referência em mobilidade elétrica na América Latina, promovendo benefícios econômicos, ambientais e sociais para a população.